terça-feira, 12 de março de 2024

No Brasil

 


A palavra que nos deram foi silenciosa

O vento soprou na saia do pensamento

A lua da noite e do dia surgiu e encantou

A engrenagem capital girou lentamente

A pessoa não é igual em direitos a outras

O fogo purifica com a intensa evaporação

A moça está grávida e muito perto de parir

Melhor felizes longe do que juntos em crises

Para refletir e aprender que somos aprendizes

Como uma pauta difícil e extensa de um jornal

Um noticiário que diz que a autoridade vai reagir

No caos subliminar das ideias de retrocesso vil

Acredito profundamente na alma do nosso Brasil.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 12032024)

Comum de dois gêneros



Você é forte

E tem medo de usar a sua força.

 

Você é calmo

Mas nem sempre é indulgente.

 

Fala-se de um ser tão inteligente

Mas que pensa que está a salvo.

 

Você é um sniper com seus alvos

Que ainda estão por vir no passado.

 

Você é tão meigo

E sua impaciência te torna leigo.

 

Você tem sabedoria,

Pode praticar para todos os dias.

 

Tu tens caráter e modos;

Não desça da bota tão fácil.

 

Mas és luz e progresso;

A paz é o seu sucesso.

 

No mais, a vida tem tudo para te dar.

 

“Deus Proverá (sempre)”

 

E parafraseando

Escrituras Sagradas:

“Deus é por nós.

Quem se atreverá

A ser contra nós?”

 

Mudemos

Como amálgamas.


De prata e mercúrio,

Ou concreto.

O caminho do reto

No sentido de progresso.


Na capacidade

De amar de verdade.

 

(Cristiano Jerônimo – 12032024)

quinta-feira, 7 de março de 2024

Seu último poema



Seria tolo,

Se não fosse ridículo.

 

Seria bobo,

Se não presumível.

 

Que o problema antigo

Te afeta no novo...

 

Que não podemos

Fazer tudo novamente.

 

Que não pode ser pior

Que paranoia de maior

Como criança no berço.

 

Tudo o que é oferecido,

Ou “tá” pobre ou ardido

Não se sinta ofendido.

 

Não acredite em inocentes

Seu egoísmo é mais fodido

O seu paraíso é perdido

Seus atos são negligentes...

 

Mas é ela quem detém

O cajado da razão e do bem

Só que ninguém me está além.

 

Bailam flores no vento alado;

Mas que depende da mamãe

Mesmo que ela não esteja aqui.

 

Vai com um homem fortaleza

Que nunca te esqueça feliz

Como eu, seu último poema.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 07.03.2024)

sexta-feira, 1 de março de 2024

Desafio de viola com Deus



Eu sou o calango que voa

Abro portas e janelas

Fecho se não convier

Depende do calor

Ou do inverno frio

Não deixo o que a vida quiser.

 

Quando eu me arrepio,

Sou iguana passando

Um camaleão de folhagem

Um espinho de juazeiro

Um mergulho flecheiro

No poço do açude

Eu não nasci...

 

Para ser de um jeito só

Eu nasci só para ser

Do meu mesmo jeito

Corro como a seriema

Como um veado campestre

Uma hora perco a pena

E vou-me embora...

 

Porque sou cabra da peste

Não vivo só há 50 anos ou mais

Desafio de viola entre Deus

E um outro rapaz,

Sou portento com talento

Tenho dúvidas recorrentes

A verdade não é uma semente

Que se planta todo dia

Que não cresce pelo vento.

 

 (Cristiano Jerônimo – 29.02.2024)

Recife!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

As letras ficam


Ah, as estações

Sempre o trem

Vai e vem

Quem não desce

No mesmo lugar

Porque não aparece.

 

Ah, rodoviárias

Rodovias de ar

Velocidade média

Sem ter a rédea

Sem nos puxar.

 

As boates loucas

Dançam, dançam

Mulatas e loiras

Andam e andam

Numa passarela

Que não vai chegar.

 

A vida é muito curta

Para ficar de paletó

Vem aquilo que jura

A minha garganta

Está sem o nó

Amarras de nada adianta.

 

Sigo o meu caminho

Não peço que me sigam

O homem vai

E as letras ficam...

 

Ah, as estações

Sempre o trem

Vai e vem

Ninguém desce

No mesmo lugar

Porque não desce.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 26.02.2024) 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Todo mundo dança!

"

E dance toda a dança

dentro dessa engrenagem

Dane-se quem disse que você dançou

Dane-se balance, não desencoraje

e dane-se quem disse: eu nunca vou dançar...

Outros quando dizem que você dançou,

dance por se comportar assim

Mas dance e se balance,

se não puder não dance,

e sempre encare o mundo assim;

mas sempre encare o mundo assim

E sempre encare o mundo!!!!

 

Dentro do alcance que me atinge o lance

E se você dançar por mim

Nunca se esqueça de telefonar

Que eu não me incomodo de também dançar

E quando no escuro, eu me sinto inseguro

Quando a coisa está ruim...

Eu sempre me procuro e me sinto seguro

Como é bom poder dançar assim

Todo mundo dança assim

Todo mundo dança!

(Já fui!)"

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Maria da Conceição...



Maria da Conceição

Tu tens mais coração

Do que as vestes

Da menina burguesa

Da ostentação.

 

Eu lhe quero carinho

Porque me recebes

De braços abertos

De inverno a verão

Sem colocar condição

Sem nennhuma confusão.

 

Preta de Iemanjá

Branca de suar

Numa vida doída

Mas a floresta bonita

Nós temos para dar

Nossa paz altruística.

 

E quem goza na Disney

Se ilude e não se livra

Das suas emoções

Nem mesmo dirige

Os seus corações....

 

É mamãe quem sabe

O que devo ou não

É mamãe quem resolve

O meu pueril coração 

Mas não é dela a ação

Nem a dor da febre ardil

De não saber viver em paz.

 

É uma intensa confusão

Com a calma explosiva

Da areia movediça

Isso te dá mais emoção?

 

 

(Cristiano Jerônimo – 20.02.2024)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

A trilha do amor

 


O buraco no chão

é contornável...

A fenda aberta

No céu

Pelo clarão

Energiza

O coração

Pula na mola

Propulsora

E vem outra vida.

 

Cabeça vazia no peito

Numa atmosfera de ar rarefeito

A cegueira que curou

O Homem que mais ensinou

Falou que, um dia,

Todos descobreríamos o amor.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 20.02.2024)

O meio mais quente

 

Se um negócio assim fosse bom

Teria valido o suor e a pena

Para ser boa e clara a verdade.

 

Eu até suportaria

Mas não estou preparado

Para ser pequenos pedaços.

 

O Carnaval de Holanda

Segue um novo compasso

Por cima das nuvens de chuva.

 

Um caboclo de lança na cana

Aponta seu colorido falante

Que conta de um tempo distante.

 

Uma coreografia de ancestral

Do tempo que não se engana,

Entre a vida ilusória e a real.

 


Se deleita no açúcar, não sabe sal

Teste de vida se faz em segredo

Antes mesmo dos pelos, o sigilo.

 

Sob a profusão de todos os medos

Segue a vida tão feliz e sem razão,

Com paz de espírito e comunhão.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 19.02.2024)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Desperdício


Pérola rara

Pedra de gema

Por que não consigo

Você?

Parece problema

Vira um poema

Num instante

Um diamante

Desperdiçando

Todo o lance

Que o goleiro

Não pegou

Toda a vida

Que sonhou

Tal mercúrio

Espatifou

Amistoso

É o tempo

O momento

E a hora

De parar

Para pensar.

 

(Cristiano Jerônimo – 02022024)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Coisas



Quinta,

Primeiro de fevereiro!

De dois mil e vinte quatro.

 

Vida,

Arte de juntar as partes!

Ter o concreto com o abstrato.

 

Bares,

Ocupam todos os lugares!

Como quem foge no mato.

 

Igrejas,

Que enganam a fé do ser!

Pastor vil sentimento ingrato.

 

Escolas,

De verdade, poucos podem ter!

Uns andam montados; outros de quatro.

 

Deus,

Perdoe todos nós os coitados!

Ensina-nos a ter um novo parto.

 

 (Cristiano Jerônimo – 01.02.2024)

No Brasil

  A palavra que nos deram foi silenciosa O vento soprou na saia do pensamento A lua da noite e do dia surgiu e encantou A engrenagem...